Desde sua introdução acidental no Atlântico na década de 1980, o peixe-leão do Indo-Pacífico (Pterois volitans) tornou-se uma das maiores ameaças à resiliência dos sistemas de recifes do Caribe. Com uma reprodução extremamente rápida e poucos predadores naturais fora de sua área de distribuição nativa, as populações de peixes-leão explodiram no Caribe, devastando as comunidades de peixes e invertebrados nos recifes de coral em toda a região.
O peixe-leão é uma ameaça especial para Belize, um pequeno país onde a pesca e o turismo marinho sustentam a subsistência de mais de 15,000 pessoas e contribuem com 25% para o PIB. Embora a erradicação do peixe-leão não seja possível, pesquisas recentes mostraram que suprimir as populações nos recifes de coral permite que as espécies marinhas nativas se recuperem. Para fazer isso, é necessária uma remoção significativa e consistente de peixes-leão em grande escala, com o envolvimento de todas as partes interessadas do recife.
Conforme descrito na Estratégia do Peixe-leão do Recife Mesoamericano, o controle do peixe-leão deve ser tratado de forma diferente em áreas acessíveis aos pescadores, zonas proibidas de captura e mar profundo. Embora este último esteja um pouco fora do nosso alcance (trocadilho intencional), estamos atualmente fazendo parceria com o Departamento de Pesca de Belize para desenvolver a estratégia nacional para o controle do peixe-leão em áreas acessíveis aos pescadores e dentro de Zonas Proibidas Captura.