Sumário executivo
“Para que as áreas marinhas protegidas funcionem como áreas de conservação, é importante que a biologia e a ecologia sejam conservadas ao mais alto nível possível, e isso agora requer o controle do peixe-leão.”
- James Morris (2014) na Nature.
Em todo o Caribe, a invasão do peixe-leão vermelho (Pterois volitans) representa uma ameaça generalizada aos ecossistemas marinhos e às comunidades pesqueiras costeiras. Registrado pela primeira vez em Belize em 2008, o peixe-leão se tornou bem estabelecido em todo o ambiente marinho do país. Populações de peixes-leões invasores e descontrolados rompem as cadeias alimentares marinhas, impactando negativamente a saúde dos recifes de coral e a produtividade pesqueira, minando assim a resiliência dos recifes de coral e dos sistemas associados aos recifes às mudanças globais. Faltam dados básicos sobre as populações de peixes-leão na maioria das reservas marinhas de Belize, o que impossibilitou o desenvolvimento, implementação ou avaliação de metas e planos de ação para o manejo do peixe-leão. Este relatório apresenta o censo populacional mais completo até o momento para peixes-leão invasores e comunidades de peixes nativos associadas em Belize.
Ao desenvolver metas e limites de gestão específicos para áreas protegidas, usando a melhor ciência disponível e o princípio da precaução, os gerentes de MPA podem priorizar locais, criar metas de remoção e direcionar esforços de remoção apenas para áreas identificadas como vulneráveis aos impactos da invasão do peixe-leão. Este é um benefício importante para os praticantes de conservação que buscam alocar recursos de uma forma que sustente o controle suficiente das espécies invasoras em longo prazo, em habitats prioritários.