Palavras-chave:
LMMA, abordagem participativa, mapeamento de locais de pesca, monitoramento de pescarias, conhecimento local.
Abstrato:
Mapas de pesqueiros precisos são necessários para o monitoramento das pescarias. Na área marinha gerenciada localmente em Velondriake (LMMA), observamos que a nomenclatura dos locais de pesca compartilhados (FS) depende das aldeias. Além disso, o nível de analfabetismo torna a coleta de dados mais complicada, fazendo com que os coletores de dados improvisem ao registrar os FS. Neste estudo de caso para Velondriake, optamos por uma abordagem participativa, dando atenção especial ao conhecimento local no mapeamento de áreas de pesca de polvo. Outras técnicas (pontos GPS únicos ou múltiplos) foram tentadas, mas forneceram mapas sobrepostos para FS vizinhos e não refletem a realidade. Os pescadores locais sabem a extensão exata de seus pesqueiros e são capazes de desenhá-los com precisão. Utilizamos um mapa de habitat impresso ou imagens de satélite do Google Earth e pedimos aos pescadores que desenhassem cada FS. Usando esta técnica, 325 locais foram identificados em 13 aldeias, sem quaisquer sobreposições ou duplicações, fazendo uma contribuição valiosa para os esforços de gestão da pesca. Isso apóia a afirmação de que o conhecimento local e a participação dos pescadores locais são cruciais para a conservação. Essa abordagem fortalece o relacionamento entre cientistas, gestores e comunidades locais. Esta técnica é econômica e adaptável a cada situação, e agora é amplamente utilizada pelas comunidades pesqueiras malgaxes.