Os manguezais e outros ecossistemas de carbono azul fornecem amplos benefícios de mitigação e adaptação ao clima, bem como uma gama de outros serviços que sustentam os meios de subsistência costeiros. No entanto, esses preciosos ecossistemas estão se perdendo rapidamente, com consequências devastadoras para o clima e as comunidades costeiras.
Os projetos de carbono têm o potencial de arrecadar fundos para entregar a conservação e restauração de manguezais por meio de financiamento climático vinculado a reduções de emissões verificadas e quantificáveis. Mas em contextos costeiros, eles enfrentam uma série de barreiras técnicas, financeiras e políticas. Essas questões precisam ser abordadas com urgência se os projetos de carbono azul quiserem cumprir seu potencial para evitar a crise climática.
A Blue Ventures começou a trabalhar com manguezais e carbono azul em 2011 em Madagascar, apoiando as comunidades locais no desenvolvimento de abordagens baseadas em incentivos para a conservação e restauração de manguezais. Além de superar vários desafios técnicos e financeiros, essa experiência também ajudou a identificar uma série de barreiras políticas. No contexto da COP26, a Blue Ventures está publicando este relatório para ajudar os formuladores de políticas a garantir que o carbono azul atinja todo o seu potencial para as pessoas e a natureza.
Quatro barreiras políticas principais são exploradas:
- Posse pouco clara e insegura;
- Repartição de benefícios desigual;
- Desalinhamento entre projetos de carbono azul de pequena escala e estruturas nacionais de REDD +; e
- Complexidades para o carbono azul no Acordo de Paris e nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países.